segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Vamos ao que interessa

Já que foi divulgada nossa indicação para assumir a SESDEC, podemos, a partir de agora, iniciar a exposição de idéias, planos e projetos acerca da segurança pública de Rondônia, para  o que espero ter a devida participação dos companheiros que eventualmente  acessem nosso blog (policiais ou não), com os comentários que expressem suas sugestões e críticas. Assim poderemos manter um canal de comunicação, sem intermediários, para que o público destinatário do serviço de segurança pública possa tomar conhecimento das nossas ações e decisões e, também, participar delas.
De início, gostaria de deixar bem claras as circunstâncias em que fui convidado para cargo de tamanha responsabilidade. Após quase um ano e meio afastado de Rondônia, morando e trabalhando em Campina Grande/PB, recebi uma ligação telefônica de uma pessoa ligada à assessoria do governador Confúcio Moura, no dia 13/12, sondando o meu interesse em assumir a pasta. A reação inicial foi a de rir, porque pensei tratar-se de uma brincadeira, até mesmo porque a pessoa que me contatou é um tremendo de um gozador, um policial militar que tenho como amigo desde que trabalhamos em Ji-Paraná. Ele disse que passaria meu telefone para a assessoria, tendo meu consentimento. Naquela mesma noite me ligaram e confirmaram o convite. Disse que pensaria, pois um convite como esse não se recebe todo dia, e, em aceitando, sabia da responsabilidade que recairia sobre meus ombros, bem como toda a mudança da vida familiar já estruturada na Paraíba.
Disseram-me que o critério do governador eleito era: um delegado da Polícia Federal, novo. Meu nome foi citado por fontes diferentes, inclusive policiais militares e civis. Foi o primeiro indício de que se tratava, o governador eleito, de pessoa bem intencionada, pois convidar um delegado da Polícia Federal que sequer conhecia, a não ser por referências, para assumir aquela pasta, demonstrava antes de tudo que queria alguém isento.
Na manhã seguinte recebi outra ligação, desta feita do próprio governador. Na oportunidade falou que gostaria de contar comigo nesse desafio. Aí vi que a coisa era séria mesmo. Precisaria conversar pessoalmente para saber quais eram suas propostas para a segurança pública. A preocupação que me ocorria era não somente o meu nome em jogo, mas da instituição Polícia Federal que represento, pois a minha imagem estaria inevitavelmente associada ao órgão a que pertenço, o qual goza de reputação indiscutível nos dias atuais.
Sinceramente, tenho autoconfiança suficiente para assumir tal empreitada. O que me preocupava eram as condições que me seriam dadas para tanto, leia-se: isenção de interferências políticas e orçamento para trabalhar e fazer a diferença.
Marcamos em Brasília um jantar para tratar do assunto. Ouvi muito mais que falei. Deixei o governador expressar o que pensa de segurança pública, suas pretensões e o perfil do secretário que almejava.
Como estava fora de Rondônia, não tomei conhecimento dos planos de governo do Dr. Confúcio Moura quando de sua campanha. Entretanto, ao saber da existência do seu blog comecei a acessá-lo e ver as suas postagens antigas, notadamente a respeito de segurança pública. Confesso que me identifiquei com as idéias.
Após ouvi-lo apresentei duas condicionantes para aceitar o convite. Garantia de isenção quanto a interferências políticas na secretaria e orçamento para mudar radicalmente a estrutura da segurança pública de Rondônia. O governador me assegurou que não pretendia “politizar” nenhuma pasta. Quanto a orçamento, disse que não ficaria aguardando recursos da União para começar a mudança, e que inclusive tomaria empréstimo se necessário. Nestas condições aceitei o desafio.
Fiz essa breve explanação para que todos saibam que minha indicação não foi fruto de apadrinhamento político ou de amizades, mas por critérios puramente técnicos, inclusive decorrentes dos trabalhos desenvolvidos quando de minha chefia na delegacia de polícia federal em Ji-Paraná, onde, com a ajuda dos policiais federais e rodoviários federais, militares e civis da região, pudemos realizar boas ações e operações de destaque. Quem tiver interesse em confirmar esses fatos pode colocar meu nome no Google (“delegado marcelo bessa”) e constatar.
Para encerrar, gostaria de dizer que não tenho experiência para esse cargo, nunca o desempenhei. Fui chefe por 3 anos de uma simples delegacia do interior. Mas posso assegurar, com certeza, PRA COISA ERRADA não tenho experiência mesmo. Não tenho experiência em: fraudar licitações, em utilizar a máquina pública para fins diversos do interesse público, em enriquecer a custa do erário, em perseguir opositores, etc. Tenho sim, muita vontade de mudar a realidade da segurança pública do estado de Rondônia. Estado com que tenho uma enorme dívida de gratidão, onde cresci pessoal e profissionalmente e onde nasceram duas das minhas três filhas. Não poderia mesmo recusar tal convite.
Rogo a Deus que eu seja um mero instrumento de sua vontade para esta função e espero contar com a ajuda de todos os rondonienses. Vamos lá, conto com vocês.

 

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